A vida parece estar cada vez mais corrida. Contas, dívidas, cuidado com os filhos, problemas no trabalho, etc. Essas e outras situações costumam criar um estado de estresse excessivo no organismo. É aí que pode aparecer a febre emocional.
A febre emocional é uma resposta do organismo de que algo não vai bem. O problema merece atenção. Saiba mais a seguir…
O que é a Febre emocional?
A febre emocional está totalmente ligada ao estado de humor da pessoa. Ela pode se manifestar em casos que envolvem uma grande estresse emocional. Assim, o organismo e o sistema imunológico acabam reagindo à situação, elevando a temperatura corporal. É uma maneira do corpo informar que algo encontra-se em desequilíbrio com a pessoa.
A febre emocional costuma aparecer mais em crianças e adolescentes, quando elas são submetidas a situações adversas relevantes.
Quais os sintomas?
Os sintomas da febre emocional estão ligados, em geral, a uma preocupação ou estresse intenso. Cria-se uma tensão de alta intensidade no sistema nervoso, fazendo que o corpo responda com a febre. Os principais sintomas da febre emocional são:
- Temperatura corporal mais alta do que a normal;
- Dores de cabeça;
- Oscilações de humor;
- Queda de fios de cabelo;
- Cansaço e fadiga;
- Falta de apetite;
- Insônia;
- Irritação;
- Sensação de angústia;
- Choro fácil;
- Problemas no trato gastrointestinal, como prisão de ventre ou diarreia; entre outros.
Por que ocorre a Febre emocional na gravidez?
A febre emocional pode surgir em mulheres grávidas devido à ansiedade e ao estresse ocasionados pela chegada da criança.
Ao contrário do que muita gente pode pensar, ter febre emocional na gravidez é um problema com o qual a gestante deve se preocupar e buscar ajuda médica. Isso porque, se a temperatura corporal aumentar demais, existe o risco de abortamento espontâneo, má formação do feto ou mesmo parto prematuro.
A gestação costuma deixar o sistema imunológico da mulher mais frágil e mais susceptível a contrair doenças. Assim, a febre emocional pode ser a “porta de entrada” para a gestante contrair problemas de saúde. Portanto, a febre, mesmo emocional, pode causar problemas à gestação e ao bebê.
Os médicos recomendam que as gestantes fiquem sempre atentas quando se sentirem estressadas ou ansiosas para a chegada da criança. Isso pode ser feito conferindo a temperatura corporal com um termômetro comum. Caso a temperatura do organismo passe dos 38 º C, convém buscar atendimento médico.
Não é aconselhável que a grávida administre, por conta própria, medicações analgésicas qualquer. O antitérmico mais indicado para gestantes com febre, mesmo emocional, é o paracetamol – que não causa efeitos colaterais.
Juntamente com as recomendações médicas, as gestantes com febre emocional podem adotar algumas condutas. Uma delas é tomar banho com água morna. Também é indicado permanecer em locais arejados e não deixar de se alimentar, além de beber bastante líquidos. Caso a febre não abaixe, busque atendimento médico o quanto antes.
O que fazer com a Febre emocional infantil?
As crianças com até 36 meses de vida é o grupo de pessoas que mais pode apresentar febre emocional. O problema costuma aparecer quando o pequeno é exposto a situações de estresse intenso ou quando há mudanças bruscas na sua rotina.
A separação dos pais, a chegada de um novo irmãozinho, a mudança de escola ou a proximidade de um evento importante, como uma festa de aniversário, pode deixar os pequenos estressados. O organismo reconhece a emoção intensa como uma agressora e eleva a temperatura do corpo para combatê-la.
Antes de procurar ajuda médica, quando a febre é de origem emocional, os próprios médicos indicam tomar algumas atitudes, que costumam resolver o problema. Veja a seguir o que pode ser feito em casa no caso de febre emocional infantil:
- Fazer compressas frias nos membros e no tronco da criança.
- Deixar a criança em repouso
- Dar um banho de água morna no pequeno
- Vestir a criança com roupas confortáveis, especialmente confeccionadas em algodão
- Beber muito líquido para manter a criança hidratada
- Oferecer uma alimentação leve, porém, nutritiva
Caso a febre persista, mesmo com as condutas acima, a solução é buscar o atendimento médico de um pediatra.
Como tratar?
Tratar a febre emocional não tem muita diferença de tratar a febre causada por alguma doença.
Porém, caso a febre emocional seja constante, significa que algo não vai bem com a saúde mental da pessoa. Nesse caso é recomendado buscar ajuda médica e psicológica, com um médico psiquiatra e um psicólogo. O objetivo é tratar a reação do paciente frente às situações que estão ocasionando o descontrole emocional e fazendo aparecer a febre.
Porém, a pessoa pode ajudar no tratamento, tomando algumas medidas em casa, como:
- Manter-se em locais arejados;
- Não permanecer com excesso de roupas;
- Tomar banhos com água morna;
- Usar uma toalha molhada com água fria, colocando-a sobre a testa e nos pulsos;
- Beber muito líquido;
- Ficar em repouso;
- Procurar ingerir sucos naturais com frutas que fortaleçam o sistema imunológico, como tangerina, laranja, toranja, acerola e limão
Caso a febre não ceda, procure atendimento médico.
Pergunta dos leitores
A saudade pode trazer febre emocional?
Sim, a saudade é um sentimento que pode gerar estresse e tristeza à pessoa, baixando a sua imunidade e fazendo surgir a febre emocional